quinta-feira, agosto 25, 2005

cheguei a ti vinda de longe e contigo mantive o espaço na memória da terra que nasci

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não sabes ver ou sentir
a quietude silente

sei quem és, onde pertences

sorrio-te,
em dias de luz difusa
ou só de nevoeiro
sorrio-te,
nas noites repetidas
sem astros

reparto contigo solidão
pedaços de alegria
momentos de tristeza
...paixão

congemino definições
talvez exactas
talvez adversas
talvez por seres
um amigo confidente
talvez pelo brilho
que busco na ausência

tens o mar por companhia,
acodes os aflitos
apontas caminhos
com ciência cativa
entre os teus segredos

e dizer-te mais?
que (já) vives
no meu sorriso.

e estarás comigo,
em lembranças
entre os muros
abissais da saudade

leito vazante
para uma linha obstinada
entre o tempo e o espaço


sobejas
farol de mim!
e fio de luz
... estendido
até ao amanhecer
... naufragado
entre ilusões
em dias sem sol

e assim mesmo
a ti não hei de dizer
"adeus"


l.maltez
(e retoques do vento)

quinta-feira, agosto 18, 2005

perdida vaguei numa inocência apodrecida

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amo com palavras
abraçada a uma chaga
como se o amor fosse demência
ou doença perversa

amo entre imagens
num grito dentro de mim,
louco, agudo
e envolvente

mato espaços meus
indiferente ao querer

fecho uma a uma
as persianas do dia
embalada na sedução do desejo

um querer ilusório
à opção de uma ternura
que acaba desfigurada
pela nitidez da formula já gasta

aceito o vazio da limpidez
e grito, grito sem saber esperar

l. maltez

quarta-feira, agosto 10, 2005

um caiar com lágrimas o silêncio sobre o silêncio

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e choro!

tu não vês as minhas lágrimas, mas choro!
por uma vida perdida,
um sorriso esquecido
numa dor ressentida

sim, tu não vês as minhas lágrimas, mas choro!
com medo de perder-te
por te amar
sem tocar o teu corpo

pelo silêncio da noite
pelo mundo,
de uma onda até ao luar.

tu não vês as minhas lágrimas, mas choro!
por ser dia,
e acordar assim perdida,
de medo à solidão.

com mágoa,
deitada, mesmo acordada
no rigor do inverno frio

tu não vês as minhas lágrimas, mas choro!
por querer achar respostas,
viver no silêncio,
nas palavras dos sonhos
dentro, com a alma aflita,

choro,
choro com medo ou ternura
duma infelicidade que dura,

sim,
tu não vês as minhas lágrimas,
mas eu choro!


l.maltez

quinta-feira, agosto 04, 2005

angústia de um caminhar da alma agarrada a um corpo

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o que a alma necessita

precisa de saber caminhar no coração
ter vida, mesmo que seja simples
não se torcer em agonias
matar a fome com um olhar,
mesmo que seja cega
desejar com prazer, o corpo que a une
deixar crescer o amor,
como se fosse uma árvore
dizer não
à voz da separação,
extrair do prazer o esquecimento
saber perder-se no aroma de um corpo,
saborear carícias, seduções e miragens
esculpir o amor com a vida
precisa, sim precisa
ser tocada com um corpo

o que a alma necessita o corpo também deseja!


l. maltez

  o teu sorriso no esplendor de uma suave explosão chega a mim o teu sorriso. aflui com emoção e calor, como sonhos mesclados nos en...